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sexta-feira, 22 de junho de 2007

Princesa Ameba - Capítulo IV

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Todos os capítulos AQUI - leia os capítulos anteriores antes para entender a história.

Forçou sua mente a formular novas perguntas mas, na fração de segundo em que piscou os olhos, a criatura havia sumido. Olhou para todos os lados e nada, nem uma mísera sombra daquele ser obscuro. A única pista que tinha era o que ouvira, embora achasse que nada fazia sentido. Forçou a memória para lembrar-se das palavras exatas... "consciência, pudor, vergonha."... "Você nunca será uma pessoa comum"... "você é única"... "decidido, desde seu nascimento, desde a escolha de seu nome!"... ficou ali, no escuro, completamente sozinha, tentando entender alguma coisa mas, nada. "... decicido, desde o seu nascimento, desde a escolha de seu nome" ... seu nome... era isso, só podia ser isso! Tinha que descobrir mais sobre seu nome, sobre seu nascimento... o que poderia ser tudo isso? Algo que já estava decidido?... O que? Decidido por quem? E por que? Por que tinha agora estes sonhos? Seriam parte daquilo que havia sido decidido há anos? Quando percebeu que não havia resposta para nenhuma das questões, olhou novamente à sua volta. Alguma coisa estava diferente agora. Parecia haver uma pequena névoa mas, como tudo estivesse escuro, poderia ser apenas uma impressão. Caminhou na penumbra em busca de algo que pudesse apoiar-se, guiar-se. Por que ainda não acordara? Sempre acordava assim que as ações em seus sonhos cessavam. Ouviu então, ao longe, um som de sinos, muitos sinos, de várias tonalidades. Eles tocaram por alguns minutos e, quando finalmente se calaram, vieram os gritos, muitos gritos. Distantes e confusos, como se uma multidão estivesse falando e gritando ao mesmo tempo. Havia um tom de desespero naquelas vozes. Então, embora não pudesse ver quase nada, percebeu a névoa aumentando, pairando sobre ela. Podia sentir quase como um toque em sua pele. Quando sentiu que algo fosse acontecer, acordou. Rapidamente anotou tudo o que ainda estava fresco em sua mente. Como sempre, não parecia ter sido um sonho mas algo real.
Sua meta agora era descobrir qualquer coisa sobre seu nascimento. Não sabia exatamente como fazer isso sem levantar suspeitas. Sabia apenas que, se contasse a alguém sobre seus sonhos, seria considerada louca. Sentia que algo muito importante estava sendo acobertado, escondido, abafado. Precisaria ter muito cuidado.
Decidiu começar pela biblioteca do castelo. Iniciou então, uma investigação voltada para o ano de seu nascimento e seu nome.

Continua... aguarde.

4 comentários:

dän disse...

putz ci.. sensacional.
parabens.

Anônimo disse...

Cintia,

aguardo a continuação!



Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.


Abraços, flores, estrelas...

DM disse...

Cintia preciso reler os capítulos anteriores, para enteder melhor essa história, no mínimo instigante ... Mas uma coisa é certa você escreve muito bem !!!

Beijos, deu uma passadinha rápida no brejo, para ver como iam as coisas por aqui !!!

By the way meu pimpolho de 7 anos e de vaca-lerda você não tem nada não pelo menos pelo que escreve HAHAAAAA

Joaquim Amândio Santos disse...

ecoa o grito da minha mudez.
nunca quando quebro,
sempre quando devoro qualquer silêncio confrangedor.