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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Eu e o Inss

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Faz tempo que eu não apareço por aqui...

Assim, vou falar sobre algo que faz parte da minha vida há 14 anos e eu nunca tive vontade de falar: o Inss.

(Creiam, isso não me dá prazer nenhum, nem o assunto, nem o tempo de convivência forçada com esse órgão, mas preciso falar sobre isso.)

Vamos lá. Vou tentar não me deter em pequenos detalhes chatos e desnecessários para o entendimento da coisa toda. Já pensei em escrever um livro sobre, afinal, há muito o que contar, mas não é isso que farei aqui e sim, tentar mostrar a quem possa interessar que, não está sozinho.

Vou começar fazendo algumas considerações sobre coisas que aprendi em todos esses anos:

Procure trabalhar no que você gosta. Se isso não for possível, tente gostar do seu trabalho. Não, não é simples nem fácil mas, dentre todas as coisas que você faz, deve haver, pelo menos uma, que seja mais prazerosa que outras. Pois bem, esse será seu foco. Esse será seu ponto de apoio em cada umas das outras tarefas não tão agradáveis.
Passar o dia fazendo algo que não lhe agrada, cedo ou tarde vai lhe trazer problemas. Além dos problemas profissionais, é claro, virão problemas físicos e/ou emocionais. Seu corpo enviará sinais e "reclamações" e você terá que lidar com elas. Não há como ignorar quando o corpo se revolta com a rotina forçada e desagradável. O que me leva ao segundo ponto importante:

Não ignore os sinais do seu corpo. Ele está falando com você e ignorá-lo lhe trará problemas ainda maiores. Ele vai aumentar a intensidade dos sinais e pode chegar a gritar com você! É, o corpo grita, sim. Portanto, ouça, lhe dê atenção, procure ajuda especializada e cuide-se, sempre, desde o início dos sinais.

Se você não deu atenção aos sinais e agora sente que os gritos não podem mais ser ignorados, tenha em mente que, ninguém poderá avaliar a sua condição como você gostaria, nem mesmo as pessoas que lhe acompanham, amam e se dizem amigas (incluindo sua família). Assim, saiba que você é responsável por você, por seu corpo e sua mente. Cuide-se, mesmo!!

O preconceito que uma pessoa sofre no local de trabalho a partir do momento em que ela sai de licença (por doença, por acidente de trabalho, o que for) é algo a ser considerado. Sempre haverão os ignorantes falando sobre o que não conhecem. E sempre haverão aqueles que não querem conhecer, apenas se incomodam com o fato de você não estar lá, trabalhando e ralando como eles. Estes só pensam no fato de que terão que trabalhar mais para compensar a sua ausência).

Portanto, a grosso modo:
- busque algo prazeroso dentro do ambiente de trabalho, seja o melhor (em conhecimento, não o que trabalha mais), respeite as pausas e o seu ritmo, sorria mais, evite o stress (estresse), descanse.
- se perceber sinais de que algo está errado em você, dores, tristezas, nervosismos, qualquer coisa, não atribua levianamente ao excesso de trabalho ou qualquer outra coisa. Analise mais profundamente sua postura diante do trabalho, suas condições físicas e emocionais, procure um médico, um psicólogo, busque terapias alternativas, faça ioga, qualquer coisa que interrompa algo que você não é capaz de prever até onde pode ir.
- se nada disso resolveu ou se você só acordou depois que as coisas saíram do controle, igualmente, procure ajuda especializada e não se sinta culpado, nunca!!! As pessoas que o cercam podem fazer você se sentir culpado, envergonhado, com medo, mas lute e busque a sua cura, a sua melhora, antes que não haja muito mais a fazer.
- finalmente, esteja preparado para conhecer um lado do ser humano que não é agradável. Você conhecerá (até nas pessoas mais próximas) a ignorância, o preconceito, a inveja, a incompreensão, o descaso. Para isso, foque-se em sua melhora, em sua cura, em sua verdade, mesmo que às vezes você comece a duvidar de sua própria dor, mesmo que alguém lhe diga que você não tem nada ou que está se acomodando. É o seu corpo, é a sua mente, é a sua dor e de mais ninguém. Nunca permita que alguém lhe faça sentir-se culpado por ter o problema!

Até a próxima! (sim, terão muitas continuações)

Um comentário:

Jhennifer Cavassola disse...

Nossa, texto profundo e o incrível é que é exatamente assim que penso. Li ele, como se a gente tivesse conversando a respeito. Não tenho nem o que acrescentar, já que concordo em tudo e sempre passo isso para as pessoas que convivo. A parte que mais gostei foi sobre conhecer uma pessoa nada agradável. Quando conheço alguém que é titulado como chato, difícil de convivência, etc.. ai que eu procuro conversar, pegar amizade. E por incrível que pareça, fico amiga demais da pessoa e conheço o interior dela que ninguém conhece.
Aprendi que a maioria das pessoas 'agradáveis', são aparências. As pessoas 'desagradáveis', também são aparências. Por dentro são lindas, sinceras conosco e com a própria vida.

Beijos querida, muito bom passar por aqui de novo.
Fica com Deus
:)