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domingo, 4 de fevereiro de 2007

As pessoas falam...

É uma delícia descobrir como, dentro de um só país,
existam tantas maneiras diferentes de se dizer a mesma coisa.
Moro em Bragança Paulista, interior de São Paulo e, é divertido
ver as tantas pessoas que chegam de São Paulo (capital) ou qualquer
outro lugar do país e ficam confusos com o que a gente fala.
Ou nós, com o que eles falam! :)
São as famosas "particularidades lingüísticas próprias de cada região".

  • Prendedor de roupa (interior de SP);
  • Pregador de roupa (SP-capital);
  • Grampo de roupa (Curitiba).

Então, eu me defendo: Não me parece um grampo. Grampo é aquele negócio de cabelo ou de fazer cerca (se bem que o de fazer cerca também não parece um grampo) ou até de usar no grampeador. Mas eu não "grampeio" a roupa no varal.

Pregador... também não "prego" a roupa no varal. Eu prendo. Com o "prendedor".

  • Pelikan (interior de SP);
  • Canetinha (SP-capital);
  • Sylvapen (contribuição do amigo David).

Meu comentário: Quem lançou a tal canetinha foi a Pelikan, grupo empresarial alemão, voltada para a produção sobretudo de materiais de escritório e escolares. Daí vem o hábito de chamar ela de pelikan (ou pelican).

Mas, canetinha? Canetinha é qualquer caneta pequena. poderia ser uma Bic pequena... uma biquinha! :o

Tem muito, muito mais. Não caberia aqui. mas só pra dar um gostinho, lá vai:

  • Carne de onça, em curitiba, é apenas carne de boi com cheiro verde e uma fatia de pão de forma embaixo.
  • Na Paraíba, abacaxi, além de ser uma fruta, pode indicar uma coisa difícil de resolver; (bem, esse eu conheço por aqui... "tenho um abacaxi pra resolver...!", eu já disse isso.);o pulmão é também o bofe; uma moça bonita é uma tetéia; urso, um amigo falso.
  • No Ceará, alma é uma assombração; um cavalo magro é um cabide; quem faz intrigas ou fofocas, faz fuá; um homem esfomeado ou faminto é um homem arado de fome; a namorada ou o namorado é chamado de xodó.
  • No Pará, arribar é a mesma coisa que erguer ou suspender (mas é raro, segundo Pirata - que é paraense); um homem fraco, adoentado e sem ânimo para o trabalho é um molongó; algo que acontece com muita freqüência é um tétété (estas duas, o Pirata não conhece mas contribuiu com as próximas duas). Pitiú: Cheiro de feira de peixe, ou o proprio cheiro de peixe. Mufino: Quando uma pessoa está desanimada, pra baixo, cabisbaixa.
  • Na Amazonas, uma pessoa fracassada ou infeliz, pode ser uma caipora; o pescoço ou garganta é o gógó; pensar muito sobre algo é matutar; uma senhora ou mulher é uma cunhã.
  • Na Bahia, bulir é mexer ou mover; a prostituta é uma rapariga. No Pernambuco, o diabo é um tinhoso; o agiota é chamado de vinagre; chuva miúda ou fraca é xi-xi-xi.
  • No Rio Grande do Sul, descer é apear; um menino é um guri; casar-se ou adquirir família é afamiliar.
  • Em Minas Gerais quase tudo é um trem, menos o próprio trem: “Pega os trem que lá vem a coisa!”
  • O que na Bahia é aipim, em São Paulo é mandioca e no Piauí é macaxeira.
  • Dependendo da região, a carne-seca pode ser carne-de-vento, canrne-do-ceará, carne-do-sertão, carne-do-sul, jabá, sumaca, charque, iabá, sambamba etc.

É a torre de Babel brasileira! E a gente se entende! :)

Várias fontes. Porém, uma em especial.

3 comentários:

Anônimo disse...

KKK POREM TEM UMA COISA...EU TBM SOU DO INTERIOR E FALA " CANETINHA"!!!....ESTRANHO...RS
AMEI O POST CINTIA!...TBM ACHO ISSO MTOO INTERESSANTE...e tenho tbm uma historia engraçada...
meu ex namorado ( paranaense) que veio me visitar certa vez foi pedir um lanche nessas barraquinhas tão comuns pelo interior de sp e a moça lhe perguntou se queria no pão de hamburguer ou de SAL!....ele veio perto de mim todo pensativo e me perguntou..." que é pão de sal???" rs...ri mto! rs tadinho
Bjooo cintia

@David_Nobrega disse...

Eu sou do tempo que 'canetinha' era sylvapen....

Bão...aquele script de menu deslizante que vc está tentando usar aqui pode funcionar sim. Não deu tempo de ver direito, mas amanhã (hoje...) te passo algo mais simples e econômico.

Um abraço. Gostei do teu cantinho.

Iuri Fernandes disse...

Bom... sou paraense, e tenho algumas correções e sugestões:
Arribar, nós até usamos, mas não é comum. Agora "molongó" e "tétété" nunca ouvi falar não...
=P

Em compensação temos:
Pitiú: Cheiro de feira de peixe, ou o proprio cheiro de peixe. Ex: De onde está vindo esse pitiú?
Mufino: Quando uma pessoa está desanimada, pra baixo, cabisbaixa. Ex: O fulano tá mufino hoje.

Por hoje é só!