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sábado, 16 de fevereiro de 2008

Tomar Decisões

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Tomar decisões faz parte das nossas vidas, mais do que percebemos. Todos os dias tomamos decisões, da mais simples às mais complexas. Seja uma simples direção que escolhemos dentro de nossa própria casa, seja o momento exato para atravessar uma rua, seja uma escola que você irá frequentar no próximo ano. Enfim, desde o momento em que abrimos os olhos pela manhã, começamos a fazer escolhas e, a partir delas, a tomar decisões.

Sendo algo corriqueiro em nossas vidas, é estranho pensar que, à medida em que as opções trazem mais ou menos possíveis consequências, torna-se mais e mais difícil tal escolha. E acabamos por nos sentir totalmente inexperientes para essa tomada de decisão. Esquecemos que, ao longo do dia, milhares de situações nos levam à essa mesma prática e que poderíamos usá-las como aprendizado numa escolha mais difícil.

Não podemos nos esquecer que muitas delas são total ou parcialmente reversíveis, ou pelo menos contornadas no caso de um resultado não desejado.

Se estamos andando por uma rua e escolhemos tomar a esquerda. Após alguns metros percebemos que não é o caminho correto. Temos então outras duas opções: continuar e procurar uma travessa onde se possa chegar ao caminho correto ou, se assim escolhermos ou não houver a primeira opção, voltar ao ponto de partida e assim retomar a caminhada pelo caminho correto. O máximo que poderá acontecer é uma série de palavrões balbuciados (no momento em que percebemos o engano) ou um certo atraso pelo mesmo engano.

Entretanto, a decisão pode ser algo que traz consigo uma série de outras opções e consequencias, nem sempre reversíveis. Digamos que você passou em dois vestibulares, ambos para excelentes universidades. Os dias vão correndo e você não tem a menor idéia do que fazer, de qual escolher. O mundo parece cobrar sua decisão a cada minuto. Todos os olhares se voltam para você e o tempo não para, ele corre. É difícil analisar as duas opções e dá a vontade de poder escolher as duas. Mas não é possível, é claro. Daí a agonia. Escolher a número um e abrir mão da número dois. Ou o contrário.

O importante, a meu ver, é entender que, em qualquer tomada de decisão, em qualquer situação, estaremos abrindo mão de outra coisa, do contrário, e teremos que lidar com a consequência dessa decisão, seja boa ou não. Sempre teremos ganhos e sempre teremos perdas. Sempre.

Assim, enfrentar o desafio e estar ciente de que nenhuma das opções é totalmente indolor pode ajudar. A indecisão e a indefinição tem o poder de nos escravisar e é uma carga muito maior do que a própria decisão, mesmo que não seja a mais correta. Analisar os prós e contras é um começo. E, se preciso for, ver qual das decisões oferece mais vantagens.

A partir do momento que se escolheu é importante assumir saua escolha. Manter-se firme em sua decisão é primordial para que, a cada obstáculo não seja encarado como conseguência de uma má escolha. Os obstáculos fazem parte de qualquer caminho. E é de nossas vitórias ao superar estes obstáculos é que tiraremos força para prosseguir.

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