
Do livro "O Tempo, O Espaço e o Cérebro", versão portuguesa de The Big Time, obra máxima de Fritz Leiber, (o qual foi bastante inspirado pelos trabalhos de Carl Jung).
O tempo é um conceito inventado pelo homem e, muito embora a medicina já tenha se rendido ao fato de termos um "relógio biológico" muito bem guardado lá no fundo de nós, é uma das formas mais cruéis de escravidão já inventada em todos os tempos.
Mas o tempo tem seus cruéis aliados: a tecnologia, a sede pelo poder e a busca pelo "ter". Os animais, por exemplo, não ligam muito para isso (novamente tenho que lembrar do "relógio

Tenho ouvido de muita gente (inclusive de mim) frases do tipo: "Ah, não tenho tido tempo pra nada!" E assim muita coisa importante em nossas vidas - família, amigos, lazer, exercícios, etc, etc, etc - vão ficando para segundo plano, em detrimento do "tempo" que é cada vez mais curto, embora os dias continuem tendo vinte e quatro horas. A busca incessante por dinheiro e poder tem devorado nossas oportunidades assim que elas se apresentam, algumas das quais nunca mais voltarão. Pode ser uma viagem, um amigo que se perde, um parente que nunca mais você poderá abraçar.

O conceito de tempo é um dos mais difíceis de ser dado já que cada um "entende" o tempo de uma maneira diferente. Desde os primórdios da humanidade, filósofos, matemáticos, físicos, astrônomos, etc definem o tempo de maneira até tendenciosa em relação a sua ciência.
Nós, os leigos, os meros humanos sem ciência alguma, vivemos o tempo, sem conceito ou definição. Lutamos com ele, travamos verdadeiras batalhas diárias tentando esticá-lo e multiplicá-lo. Usamos, desperdiçamos, aproveitamos, ganhamos ou perdemos tempo. Queremos que passe mais devagar. Ou mais depressa. Em alguns momentos, gostaríamos que ele simplesmente parasse.

E o tempo, incomensurável e impiedoso, simplesmente passa... e não volta mais!
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